quinta-feira, 17 de maio de 2007

Ração e Articulação

A Royal Canin produz um modelo de ração, para a raça de cães Labrador, que ajuda na proteção das articulações. O Labrador não poupa seus esforços. Seja em caçadas, em trabalho ou simplesmente num passeio com os seus donos, tudo o que faz é com grande entusiasmo. Nos Estados Unidos da América, nos destroços resultantes do atentado de 11 de Setembro de 2001, os cães da raça Labrador Retriever mostraram-se verdadeiramente incansáveis (Focus , 2003). Com o tempo, as cartilagens vão se desgastando e é comum o risco de artroses em animais de idade já avançada.





Com o emprego de tanta energia, o Labrador submete as suas articulações a duras provas. As lesões dos ligamentos cruzados não são raras neste animal com tendências desportivas (Malet, 2002).
A manutenção do peso ideal é o primeiro meio para aliviar o esforço das
articulações.

A cartilagem é um amortecedor e funciona como uma almofada de água. Quando uma articulação se move, o coeficiente de fricção é o equivalente à fricção de gelo com gelo. É o mesmo que dizer que desliza sem esforço. Com o passar do tempo e os choques, as cartilagens desgastam-se.



Objetivos da ração:

1° Objetivo: aliviar as articulações, através do controle do peso corporal e da incorporação de glucosamina e condroitina ao alimento. Um fornecimento reforçado de glucosamina e de condroitina (1000 mg) permite conservar a matriz das cartilagens bem hidratada. (Innes, 2001).



- O sulfato de condroitina inibe a acção das enzimas que dão origem à destruição da cartilagem. A sua elevada capacidade de retenção de água permite uma boa hidratação da cartilagem.

- A glucosamina (percursora dos glicosaminoglicanos, principais constituintes das cartilagens das articulações) estimula a renovação da cartilagem (favorecendo, nomeadamente, a síntese de colágeno).

2° Objetivo: nutrir as cartilagens com o fornecimento de manganês que contribui para a síntese do pró-colágeno, o percursor do colágeno que constitui as fibras da cartilagem.





3° Objetivo: lutar contra os mecanismos inflamatórios. Composto de ômega 3. Os ácidos graxos ômega 3 (EPA-DHA de óleo de peixe) são dotados de uma ação anti-inflamatória e também um dos ingredientes favoráveis à boa saúde das articulações.

4° Objetivo: lutar contra os mecanismos degenerativos resultantes do stress oxidativo. O exercício provoca um stress oxidativo, conseqüência de um desequilíbrio entre os radicais livres e os antioxidantes, captadores de radicais livres. Os radicais livres são responsáveis por várias doenças de tipo degenerativo: artrose, cancro, diabetes, doenças cardiovasculares, senilidade. (Grandjean, 2002). Um exercício intenso ou prolongado irá provocar um défict de antioxidantes. Ao fim de 24 horas, o animal não tem capacidade para reconstituir as suas reservas. A longo prazo, este défict dá origem a inúmeras complicações, nomeadamente, a artrose, pelo que se justifica a administração de um composto reforçado em antioxidantes.



Vitamina E - Permite evitar o envelhecimento celular pelo bloqueio dos radicais livres. Protege as membranas celulares, luta contra os efeitos nefastos do stress -num cão que trabalhe sob um grande stress - e melhora as defesas imunitárias (Devlin, 2002).

Vitamina C - Funciona em sinergia com a vitamina E e permite a sua regeneração.

Luteína

Trata-se de um forte antioxidante que permite estabilizar a membrana celular. De origem vegetal, a luteína provém das pétalas da flor de Tagete [Tagetes Erecta) e desempenha duas funções essenciais:

- Incorpora-se na membrana celular; a luteína protege os lipídios da membrana contra os ataques dos radicais livres e contra a sua peroxidação.
- Estabiliza as membranas celulares e modula a resposta imunitária, aumentando a produção de anticorpos (Reinhart, 2000).



Taurina

A taurina é um aminoácido, principal constituinte das células imunitárias e musculares. Auxilia a luta contra o envelhecimento. É indispensável ao bom funcionamento do coração e, em particular, em cães de grande porte, que, por vezes, apresentam cardiomiopatias. (Dukes-McEwan, 2003)

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